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Paul Eluard - Vivre c'est partager

“Il y a un autre monde mais il est dans celui-ci.”

Poeta francês, Paul Éluard nasceu com o nome de Eugène Grindel 14 de dezembro de 1895 em Saint-Denis, nos arredores da cidade de Paris. Filho de um guarda-livros e de uma modista, foi forçado a interromper os seus estudos aos dezesseis anos de idade. Tendo contraído tuberculose, foi enviado em convalescença para um sanatório na Suíça. A sua cura foi prontificada não só pelo fresco ar da montanha, como pela paixão que despontou em si por uma jovem russa, Helena Dimitrievna Diakonava, que alcunhou de 'Gala', e que lhe mostrou a poesia. De regresso a França, a deflagração da Primeira Grande Guerra fê-lo sentir-se na obrigação de se alistar. Incorporado como enfermeiro na frente de batalha, ficou gravemente ferido pouco tempo depois, em consequência de um ataque com gás mostarda.

Em 1916 casou com Gala e publicou o seu primeiro livro, uma recolha de poemas intitulada Le Devoir, que exprimiam as suas terríveis experiências da guerra e que assinou com o pseudônimo de 'Paul Éluard'. Conheceu, também nessa época, nomes importantes do Surrealismo, como André Breton, Louis Aragon, Soupault, Pablo Picasso, Salvador Dali e Max Ernst, que gravitavam ainda em torno do fundador do chamado movimento Dada, o romeno Tristan Tzara. Em 1917 apareceu uma edição aumentada do seu livro, com o nome Le Devoir et L'Inquietude e, dois anos mais tarde, Éluard publicou Poèmes pour la Paix (1919). Como um dos fundadores do movimento surrealista, estabeleceu, em parceria com Louis Aragon e André Breton, entre outros, os fundamentos teóricos e estéticos do grupo, sobretudo quando publicou, em 1921, Les Necessités de la Vie et la Conséquence des Rêves, obra escrita em verso e que chamou a si uma primeira atenção por parte da crítica. O tema principal da sua estética como poeta é a mulher, enquanto mediadora entre o homem e o universo. Em 1924 desapareceu sem deixar rasto. Embarcou numa viagem de sete meses que o levou a destinos tão longínquos como o Taiti, a Indonésia e a Ilha do Ceilão e, quando regressou a França, já havia perdido a atraente Gala que, julgando-o morto, se ligou a Salvador Dali. No ano de 1926 juntou-se às fileiras do Partido Comunista e, em 1930, publicou, em coautoria com André Breton, um volume de poesia com o título l'Immaculate Concéption (A Imaculada Conceção). Já haviam trabalhado em conjunto anteriormente, na feitura de Notes sur la Poésie (1929), mas a sua colaboração cessou em definitivo a partir da edição de Dictionnaire Abregé du Surrealisme (1938), devido sobretudo às divergências que surgiram no curso da Guerra Civil de Espanha. Após a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Éluard juntou-se à Resistência Francesa, publicando clandestinamente várias obras contra o regime de Vichy, tendo-se tornado o poeta da Resistência com Au rendez-vous alllemand (1944). Assim que a guerra terminou, procurou divulgar os ideais comunistas, não só através da publicação de obras como Poésie Ininterrompue (1946) e Poémes Politiques (1948, Poemas Políticos), mas também calcorreando países como a Bélgica, o Reino Unido, o México, a ex-União Soviética e a ex-Checoslováquia, participando em atividades políticas. Paul Éluard faleceu a 18 de novembro de 1952 em Charenton-le-Pont, vítima de um ataque cardíaco.

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